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INJUSTIÇA CRUCIFICADA

Tantos assuntos de importância fundamental para discussão do povo gaúcho, principalmente quando é a população quem paga a conta e lesada, como se todos e cada um de nós, em particular, acumulássemos fortunas para suportar as iniciativas e descontrole do governo, engordando a burra dos entes e implicados na confusa transação. Estamos diante de um quadro que não cabe ser discutido numa coluna de jornal, mas pelos órgãos de fiscalização e pela própria Assembléia Legislativa. Trata-se da contratação de consultoria, por míseros até 8 milhões de reais, para fazer um estudo sobre os pedágios. E não vai parar aí, vão contratar outra empresa para verificar a situação das linhas de ônibus intermunicipais. Vejam o destino dado ao nosso dinheiro, que não existe para o piso das professoras, para a segurança e saúde. É uma pena que nós falte politização e participação direta na escolha de nossos representantes, temos memória fraca e acreditamos em promessas, como crianças em Papai Noel, enquanto isto o Tribunal de Contas fica silente e nós a escrever para ouvidos moucos e olhos que não querem ler, cuja preocupação é retirar os crucifixos das repartições públicas. Agora o pleno do Tribunal de Justiça resolveu retirá-los das salas de audiências. Mais uma vez depois de dois mil anos Jesus é novamente crucificado, só que sem direito de se defender, como quando o pregaram na cruz, não garantiram a ele de novo, a ampla defesa e nem o contraditório, direito constitucional. Os desembargadores deram guarida a representação da Liga Brasileira de Lésbicas que pediram a retirada deste símbolo. Ele não só representa o cristianismo, mas a maior injustiça da história da humanidade, quando um homem que veio a terra para fazer o bem, foi crucificado aos 33 anos de idade e, de lá para cá já passaram mais de dois mil anos, sem que ninguém ficasse alheio a esta injustiça, presentes na nossa memória histórica e nossa Fé, fruto de um julgamento comprometido, em que Pilatos lavou as mãos no sangue do justo, não ouvindo o clamor da justiça, mas da turba enfurecida que queria a morte de um inocente, que morreu na cruz, segundo as escrituras para nos salvar. Novamente nesta decisão dos desembargadores não houve julgamento, como o anterior, não houve advogado de defesa, apenas uma representação que foi votada, retirando o Cristo, que há tantos anos, era visto nas salas de audiências, não só como um símbolo do cristianismo e da fé, mas um homem que foi injustiçado, morto numa cruz, exposto a execração pública, que nos perdoou e nos devolveu a fé e a esperança. Aquele homem de braços abertos não incomodava ninguém, vítima de descriminação, justamente por aquelas que há tantos anos foram descriminadas, mais parecendo revanchismo, num vazio de tolerância e bom senso, pois nada justifica esta injustificável presunção de prejuízo para quem quer que seja, muito menos para aquelas que suscitaram a medida,não expressando a vontade da maioria dos gaúchos. Nem mesmo por ser nosso Estado laico, tentando dizer que não admite símbolos religiosos, não expressa a verdade, desconstitui e agride nossa cultura e costumes. Tripudia nossa fé, arraigada na história fraterna e de paz da nossa gente construída ao longo dos milenares anos que balizam nosso amor ao próximo. Isto tudo é de uma falsa retórica, se realmente fossemos um Estado Laico como está escrito, os fatos desmentem, como comemoramos nacionalmente o Natal e a Páscoa e os dias santos? Tem-se tanta coisa para se preocupar e volta-se para algo que só traz a paz e a reflexão, como a imagem de Jesus crucificado! Ainda bem que ele não volta mais, seria crucificado de novo!

Por: Jabs Paim Bandeira

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