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Ser Criminalista– Por Fabiano Pimentel

O criminalista é um sacerdote, e, como sempre assevera Luiz Flávio Borges D’Urso, como sacerdote, deve odiar o pecado, mas amar o pecador. O criminalista deve repudiar o crime, mas acolher sob o manto da defesa o acusado da conduta criminosa. Isso fica evidente quando alguém comete um delito e, nesta hora, todos se afastam dele. Afastam-se os parentes e os amigos, esquecendo-se todos que dentro daquela figura vilipendiada pelo crime, existe uma alma, um resquício da própria imagem divina.
Quando todos o abandonaram, o criminalista está ao seu lado; quando todos o incriminam com o dedo em riste, ele encontrará o ombro, os ouvidos, o coração e a beca do advogado criminal como uma armadura sempre pronta para a guerra do processo penal. Aconselhando, orientando e, sempre dentro da lei, buscando o melhor e mais vantajoso caminho para o seu cliente.
O criminalista deve ser um homem corajoso, firme em suas colocações, estudioso, homem de fibra e que guerreia com a palavra, destemido e de coração pulsante, mas com a sensibilidade capaz de entender todos os estados da alma humana. É um Homem de luta e a luta deverá ser o sangue que corre nas suas veias.
Com isso não estará o criminalista aliando-se ao delito, mas sim garantindo ao réu um julgamento pautado na legalidade e na justiça, pois, somente desta forma, poderá se aproximar do Nazareno quando afirmou: “Eu não vim pelos santos nem pelos sábios, eu vim pelos pecadores”.

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