Abracrim pede afastamento de policial civil que agrediu advogado com socos e pontapés no interior de São Paulo
A Associação Brasileira dos Advogados Criminalistas (Abracrim) formalizou para a Polícia Civil de São Paulo um pedido de afastamento preventivo e que seja instaurado procedimento administrativo disciplinar em desfavor do investigador Leonardo Castro Tofeti pela agressão realizada contra o advogado Lucas de Lima Roberto nesta semana na cidade de Batatais, interior paulista.
O advogado agredido acompanhava o caso de um cliente preso suspeito de furtar peças de motos no pátio da delegacia da cidade, quando o investigador e outro agente policial tentaram entrar na casa do rapaz acusado. O advogado, então, perguntou se o investigador tinha mandado judicial de busca e apreensão. Entretanto, o investigador não gostou do questionamento e passou a xingar, ofender e agredir o advogado, com cabeçadas, empurrões, socos e chutes. O policial, após agredir covardemente o advogado, ainda tentou danificar o telefone celular dele.
Diante dos fatos, a Abracrim solicita que seja instaurado um procedimento administrativo disciplinar para apurar a conduta do investigador, além de solicitar a suspensão preventiva do policial, em caráter de urgência e liminar, sem vencimentos.
“Entramos em contato com o advogado ofendido e prestamos a nossa solidariedade e apoio. Diante do cenário de violência, arbitrariedade, intolerância e de tantos desrespeitos aos direitos humanos e às prerrogativas da advocacia, é imperiosa a valorização e a realização ações efetivas contra o policial civil Leonardo que praticou o grave e covarde ato de violência contra advogado durante o exercício da advocacia”, avalia o presidente da Abracrim-SP, Cristiano Joukhadar.
Com esta representação a Abracrim soma esforços com a OAB/SP visando responsabilizar severamente o agressor após o devido processo legal. “Uma agressão contra um advogado é uma agressão a toda advocacia, por isso a união de toda a classe e entidades representativas é fundamental para a defesa das prerrogativas”, conclui.