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Homem acusado injustamente de estupro poderá pedir indenização

O homem de 36 anos que havia sido acusado de estuprar uma universitária no campus da UFGD (Universidade Federal da Grande Dourados-MS) foi considerado inocente na última quarta-feira, como resultado de uma petição de defesa impetrada pelas advogadas do acusado, Karoline Alves Crepaldi e Cristina Oliveira Mota. As advogadas afirmam que, agora, irão acionar a denunciante e outras pessoas e entidades, como veículos da Imprensa que o taxaram como estuprador. Segundo elas, esta é uma forma de buscar reparação dos danos morais sofridos pelo acusado e seus familiares.

O rapaz estava cumprindo pena em regime semiaberto e estava trabalhando em uma empresa. Agora, vai tentar voltar ao emprego com segurança, mas a família afirma que vem sofrendo ameaças e tem medo da exposição pública do caso.”A sociedade, neste ponto, é muito cruel. A mácula que fica na imagem de alguém que é acusado de um crime como este é difícil de apagar, mas tem que acabar”, disse a advogada Cristina, que faz parte do comitê gestor da ABRACRIM MS.

A advogada Karoline Crepaldi, que épresidente da ABRACRIM MS eouvidora nacional da ABRACRIM(Associação Brasileira de Advogados Criminalistas), explica ainda que o cliente cumpria pena por um crime praticado em 2012, mas que estava em franco processo de ressocialização, interrompido pela falsa acusação de estupro, feita por uma estudante de 26 anos, com quem ele havia mantido um relacionamento. O próprio Ministério Público já teria acenado com a possibilidade de denunciar a estudante por falso testemunho. Mas as advogadas também preveem ingressas com ação contra ela e outros envolvidos. As profissionais que atuam na defesa do acusado elogiaram a atuação da polícia, que, segundo elas, agiu rápido na investigação que culminou com a conclusão de inocência. O rapaz agora deverá voltar ao regime semiaberto para o cumprimento final de sua pena anterior.

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