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Policiais civis e militares são alvo de operação por falsos mandados de busca

Quadrilha ameaçava e entrava em casas, exigindo dinheiro de moradores. Próximo alvo seria alguém ligado ao alto escalão do tráfico de São Gonçalo

Rio – O Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Publico do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ), a Subsecretaria de Inteligência (SSINTE) da Secretaria de Segurança e a Delegacia de Repressão às Ações Criminosas (DRACO) desencadearam na manhã desta terça-feira uma operação contra uma quadrilha, na qual há policiais militares e civis, que apresentava falsos mandados de busca e apreensão para vasculhar casas, exigindo dinheiro de moradores, na região de Niterói.
Uma denúncia foi apresentada pelo Gaeco à 1ª Vara Criminal de Niterói contra 13 pessoas. Segundo o MP, o grupo, que se identificava como sendo da Draco, se preparava para roubar uma pessoa ligada ao alto escalão do tráfico de drogas de São Gonçalo.
Os envolvidos são acusados de extorsão, roubo, falsidade ideológica, coação e violação de sigilo funcional. Até o momento, seis mandados de prisão foram cumpridos e mais duas prisões efetuadas. Entre os itens apreendidos com os acusados estão uma moto, armas, documentos e celulares.
A investigação, que contou com o apoio da SSINTE, descobriu um episódio ocorrido no dia 13 de setembro deste ano, quando uma vítima foi ameaçada e algemada pelo grupo ao deixar sua casa, em Itaipu, Niterói.
Na ação estavam envolvidos: Alexandre Mota de Assis, o ex-policial civil Marcelo Tinoco de Carvalho, o policial civil Ubirajara de Jesus Júnior, conhecido como Biriba ou Júnior, atualmente lotado na DRF, Marco Antonio Silva Carvalho, conhecido como Marquinho, o policial militar Thiago Barbosa Faria Vieira.
A casa da vítima foi vasculhada enquanto ela era mantida presa e roubados um carro, 13 relógios, peças de roupas, acessórios, um CPU de computador e uma “considerável” quantia em dinheiro. Segundo o MP, os cinco particaparam do roubo e a vítima ainda foi ameaçada para fornecer o CRV do veículo para que pudesse ser feita a transferência de titularidade. Os homens disseram que caso não fizesse isso, iriam novamente à casa, em uma suposta “continuação de apuração pela Draco” de fatos ilícitos.
Na tentativa de regularizar o veículo roubado,falsificado documentos, foram descobertos mais envolvidos: o capitão da PMERJ Leandro Garcia Rodrigues Madeira, conhecido como Madeira, também com mandado de prisão a cumprir, Franklin de Souza Veloso Mattos, Thiago José de Marins, Matheus do Espírito Santo Marins e Alberto José de Marins, conhecido como Betinho.
O policial civil Ricardo Gonçalves da Rocha, lotado na 74ª DP, forneceu informações cadastrais sigilosas dos bancos de dados públicos para o grupo criminoso.
Com o CRV do veículo da vítima em mãos, Alexandre e Carlos Henrique da Silva Venturini foram abordados e detidos por policiais da Corregedoria do Detran e encaminhados para a 65ª DP (Magé) por crime de falsidade documental na transferência do veículo.
Durante as investigações, o MP acabou descobrindo que na 65ª DP havia um policial tentando liberar o veículo roubado. O agente Erick Martins de Souza Marques foi denunciado e e está entre os investigados da ação.
Fonte: http://odia.ig.com.br/

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