Gratificante, sem sombra de dúvidas, é ter a honra de poder trabalhar pela advocacia nos dias atuais. O papel exercido pelo dirigente de Ordem, com certeza, é de enorme relevância, muito exigindo dedicação e amor à profissão e, ao mesmo tempo,contribui para o crescimento pessoal e profissional daquele que se dispõe a, de forma voluntária e não remunerada, dedicar parte do seu tempo na busca de melhores condições de trabalho, bem estar, qualificação e união de uma classe tão importante para o Estado Democrático de Direito, que é a advocacia.

Esse importante trabalho exige, de certa forma, sensibilidade e capacidade de compreensão, somos moldados dia após dia a procurar atender e ajudar colegas de profissão, o diálogo e a discussão sobre as necessidades de todos os segmentos e áreas de atuação da classe provocam reflexão e nos instigam a pensar na busca de solução para os problemas enfrentados.

A classe precisa sim de carinho e atenção, e a nossa função primordial e caminhar com ela, lutar, defender e buscar alternativas que garantam o exercício digno da profissão, a garantia e a defesa das nossas prerrogativas, sem as quais o prejuízo, sem sombra de dúvidas, seria irreparável a ao cidadão e à cidadã.

Precisamos estar todos e todas do mesmo lado, trabalhando pela classe, trabalhando pelo jurisdicionado, despidos de interesses pessoais e individuais, cada um de nós inscritos éparte da OAB, somos o maior patrimônio da instituição e, por issodevemos fazer a nossa parte quando nos deparamos com as dificuldades diárias, devemos sim ter voz, saber caminhar para a solução dos conflitos com bastante galhardia, podemos sim acionar a ordem, entretanto, em determinadas situações, mesmo com relação àqueles colegas que não ocupam cargo na instituição, é dever de todos zelar pela obediência às regras do jogo, regras legais que ditam nossos direitos e prerrogativas e que muito bem se encontram estampados no Estatuto da Advocacia, não podemos esperar sempre, existem momentos nos quais precisamos sim agir, até porque o poder do questionamento e da superação corre nas veias do advogado e da advogada.

Para que tenhamos juntos as conquistas, faz-se necessário a presença constante da confiança de todos e de todas, essa é uma das fontes de energia que mais motivam o representante classista a, de forma desmedida e valente, seguir adiante, ser persistente e guerreiro, a confiança é transmitida primeiramente através do voto e depois disso, passa a ser transmitida através do contato diário, do apoio e do diálogo, sem bloqueios ou restrições.

O alcance dos objetivos passa pelo bom relacionamento não somente entre colegas, a Ordem precisa ser ouvida pelas autoridades, tanto do Judiciário e do Ministério Público, dentre outras da carreira jurídica, quanto do executivo e do legislativo, o diálogo precisa, antes de tudo, ser o carro chefe na busca da reflexão daqueles que podem fazer com que o exercício da profissão vá além do que é de se esperar, ante a sua importância na defesa dos direitos individuais e coletivos.

O artigo 133 da Constituição Federal diz que “O advogado é indispensável à administração da justiça, sendo inviolável por seus atos e manifestações no exercício da profissão, nos limites da Lei.”. Ora, a nobreza e a importância do exercício da função são imprescindíveis à busca de uma nação mais justa e igualitária e que possibilite a maior segurança jurídica possível a todos nós e aos nossos pares irmãos e irmãs brasileiros(as).

Precisamos, diariamente, sem sucumbir, exigir incansavelmente o cumprimento no disposto nos artigos 6º e 7º da Lei 8.906/94 (Estatuto da Advocacia), a inobservância aos dispositivos legais mencionados ofende não somente a advocacia, mas a toda sociedade e ao exercício da democracia.As prerrogativas dos advogados e das advogadas nada mais são do que um conjunto de garantias fundamentais que asseguram o amplo direito de defesa da sociedade como um todo e, por este motivo, os profissionais do direito merecem ser atendidos pelos servidores públicos, em todas as esferas, com a urbanidade devida.

O advogado e a advogada representam a esperança para os injustiçados, representam o remédio para os aflitos, somos os protagonistas na manutenção do Estado Democrático de Direito, temos essa responsabilidade, não vamos e tão pouco podemos permitir ofensas à uma democracia conquistada a suor e sangue.

A OAB possuienorme força institucional, a Ordem, como elemento coletivo na administração da justiça necessita ser revigorada e apoiada diariamente, precisamos ser ouvidos e a nossa voz jamais vai se calar, afinal de contas fazemos parte uma das instituições de maior credibilidade junto à população brasileira, temos a confiança de um povo e legitimidade na defesa dos direitos dos cidadãos e da sociedade.

Não podia eu deixar de mencionar que aliados ao trabalho da Ordem, temos várias associações que que também se dispõem a apoiar a nossa classe, sendo exemplos a AASP, ABRACRIM, ABMCJ, dentre outras, estas também são importantes para que barreiras sejam quebradas e que os nossos direitos nos sejam garantidos, a união é o melhor caminho para a vitória.

Alessandro Gil Moraes Ribeiro, advogado criminalista, Presidente da Ordem dos Advogados do Brasil Subseção de Rio Verde-GO, membro da ABRACRIM (Associação Brasileira dos Advogados Criminalistas) e membro da Comissão de Direito Criminal da OAB Seccional de Goiás.