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Justiça Federal arquiva processo contra delegado da PF, agentes e advogados considerados “dissidentes”

Depois de 34 meses de investigações, o juiz federal Marcos Josegrei da Silva determinou, nesta terça-feira, 14 de dezembro, o arquivamento do inquérito contra o delegado da Polícia Federal Paulo Renato Herrera e outros quatro indiciados que haviam denunciado procedimentos irregulares no andamento da chamada Operação Lava Jato.
Os indiciados, além de Paulo Renato Herrera, eram o agente de polícia Alysson Pinto Costa, o ex-agente Rodrigo Gnazzo e os advogados Marden Maués e Augusto de Arruda Botelho Neto.
Ainda em 2014, Paulo Herrera teria revelado a Rodrigo Gnazzo diversas situações que considerava inadequadas na condução da Lava Jato, como decisões injustas, escuta ilegal na cela de Alberto Youssef, entre outras. De acordo com o noticiado no blog do repórter Marcelo Auler, Herrera era considerado dissidente por criticar vazamentos de informações, escutas clandestinas na custódia da Superintendência da Polícia Federal do Paraná e até mesmo tentativas de manipulação nos autos de apreensão.
Agora, o documento assinado pelos procuradores da República Antônio Carlos Welter e Januário Paludo assevera que “não se vislumbra, com os elementos de prova de que se dispõe, a configuração do crime de corrupção passiva ou de embaraço de investigação de organização criminosa”. Com base nas manifestações do Ministério Público, o juiz Marcos Josegrei da Silva determinou o arquivamento.
A Assessoria de Imprensa da ABRACRIM – Associação Brasileira dos Advogados Criminalistas – conversou com o advogado Marden Maués, que comemorou a medida, ainda que tardia, e afirmou que o inquérito era totalmente equivocado.

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