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Promotor líder de manifesto contra “bandidolatria” é acusado de fugir sem socorrer vítimas de acidente que causou

O Brasil não é para principiantes, como diria o poeta. Imagina se ele soubesse, então, que um dos líderes da representativa ala do Ministério Público que tem feito campanhas, artigos e eventos contra a “bandidolatria” fosse alvo de uma acusação criminal. É o caso de Eugênio Paes Amorimautor do manifesto contra a bandidolatria e promotor do júri em Porto Alegre (RS), que se vê agora como acusado em procedimento criminal no Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul (TJRS).
Segundo consta no TJRS, no fim da madrugada do dia 30 de agosto de 2014, na BR-285 que corta o município de Lagoa Vermelha, o Promotor de Justiça, que dirigia uma camionete, invadiu a pista contrária e bateu em um veículo Gol, ocasionando um acidente. Apesar das pessoas que estavam no outro carro terem se ferido, segundo consta no Termo Circunstanciado o promotor teria ido embora sem prestar socorro. As vítimas feridas foram levadas ao hospital pelo SAMU e após realizarem exames, foram liberadas.
Em seguida na sua viagem, o promotor foi abordado pela Polícia Rodoviária de Vacaria, que o questionou sobre o carro, ao que ele respondeu que “havia batido em uma árvore”, mas depois acabou admitindo envolvimento em um acidente de trânsito. Horas depois, à tarde, o promotor telefonou para a polícia, admitiu o envolvimento na batida de carro e solicitou o nome e telefone das vítimas para acionar o seguro. Conforme afirmou o desembargador do caso, Ivan Leomar Bruxel, não se sabe se o seguro foi acionado.
Na primeira audiência do caso, o Promotor não compareceu e em contato telefônico afirmou que não compareceria. Assim, foi julgada prejudicada a proposta de composição dos danos e nova audiência foi marcada, tendo o MP apresentado proposta de pagamento de indenização, o que não foi aceito por ele. Em seguida, nova proposta de prestação de serviços comunitários, por seis meses, com duração de quatro horas semanais foi apresentada. Com isso, a proposta veio para homologação de um magistrado. No entanto, como Eugênio detém foro de prerrogativa por função, o caso foi direto para o Órgão Especial do TJRS.
Por maioria de votos, o Órgão Especial entendeu que a proposta feita de prestação de serviço comunitário não seria suficiente, uma vez que para ele a conduta do Promotor, pela sua representação, não recomenda uma medida alternativa tão simples e branda.
Justificando.
Postagens de ódio na internet e acusação de agressão contra advogado
Eugênio Paes Amorim é um notório representante do Ministério Público que difunde mensagens de ódio na internet. Somente no mês de setembro são várias mensagens desse tipo, como quando, por exemplo, ironizou a morte de 10 pessoas após a ação da polícia em São Paulo. Em sua timeline, postagens pedindo rigor contra réus criminais são comuns.
Fonte: http://justificando.cartacapital.com.br

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