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Com greve de agentes, visitas no presídio da Papuda (DF) são suspensas

O risco de presos do Complexo Penitenciário da Papuda, no Distrito Federal, usarem visitantes como reféns levou à suspensão das visitas de familiares nesta quarta-feira (2/11). Os agentes penitenciários do DF estavam em greve desde o dia 10 de outubro e, segundo informações do Correio Braziliense, a categoria decidiu suspender a paralisação na tarde desta quarta até o próximo dia 10 de novembro, atendendo a um pedido do governo distrital.
Em razão da greve, o governo do DF chegou a divulgar nota informando que haveria visita normalmente, mas voltou atrás. “A medida adotada visa a garantir a incolumidade [segurança] das presas e dos presos, bem como de seus familiares e visitantes. Os relatórios da Inteligência da Subsecretaria do Sistema Penitenciário apontaram o risco dos presos fazerem dos visitantes reféns ao final das visitas de hoje nas unidades prisionais”, diz nota da secretaria da Segurança Pública.
O cancelamento das visitas aos presos gerou confusão entre familiares e policiais militares. No começo da manhã, cerca de 250 pessoas — a maior parte mães e mulheres — se reuniram em frente à Papuda para aguardar a entrada na unidade, mas foram informadas de que, por motivos de segurança, não haveria visita. Elas afirmaram que só foram informadas da decisão quando já estavam no local.
A informação causou indignação. Alguns visitantes pegaram pedaços de pedras e colocaram na pista que dá acesso ao complexo para bloquear o trânsito e entraram em conflito com os militares, que reagiram com uso de spray de pimenta.
De acordo com o presidente do sindicato da categoria, Leandro Allan, em entrevista ao Correio Braziliense, as visitas poderão ser retomadas nesta quinta (3/11) — a decisão, entretanto, depende de confirmação do governdo do DF. A seccional da Ordem dos Advogados do Brasil no Distrito Federal não se manifestou, mas acompanha a situação. Com informações da Agência Brasil.
Fonte: http://www.conjur.com.br/

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